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Banana, menina, tem vitamina

Qual a diferença entre a grande mídia e a mídia nanica? Bem, uma é isenta, a outra tendenciosa. Uma é original, a outra copiadora. Uma se alimenta de fatos, a outra de bananas. Mas qual é qual, afinal? Decida você. Não há dúvida de que uma é 'mais grande' e desculpe pelo 'mais grande'. Já que escrevo num blog, não posso ser 100% correto ou confiável. Questão de coerência.

Continuando, nem sempre o 'mais grande' é o mais inteligente. O "Asno de Buridan", por exemplo, morreu de fome. A mídia 'mais grande' ficou assim por vender melhor. Um dentista contou que, na última aula da faculdade, o mais arcano dos mestres revelou a fórmula do sucesso:

"O dentista mais bem sucedido financeiramente não será o que tirou as melhores notas. Será o melhor vendedor."

Vender sempre foi a alma do negócio, e às vezes as almas são o negócio. Há quem compare grandes e pequenas mídias em termos de credibilidade, qualidade e compromisso. Eu comparo em termos de vitamina.

Na pequena - blogs, youtubes, podcasts - a vitamina que faz a menina crescer não é a banana, é o ego. Por falar nisso, já contei que meus vídeos da TV Barbante ultrapassaram um milhão de acessos? Pois é...

Na grande? A vitamina é o capital. E seu produto? Quem aí acha que é informação levante a mão. Errou. O produto da grande mídia são as almas leitoras, ouvintes ou telespectadoras vendidas aos anunciantes. Tem nanica, prata, ouro...

Já foi mais fácil. Hoje a bananada está debandando para a banca da Internet. Então, na falta de prata e ouro, é preciso adaptar o nível da grande mídia à nanica, que cresce nas bananeiras mais baixas.

- Peraí, e eu, qual é o meu papel? - pergunta indignado meu leitor jornalista.

Criar textos e pretextos para atrair e manter as pencas numa mesma banca. Ou quem você acha que paga seu salário. Quem consome informação? Tá brincando! Cole o ouvido na porta do departamento comercial do jornal, revista ou TV e ouça você mesmo:

"Olha o leitor de informática, quem vai querer?" "Executivos a caminho do trabalho, compre aqui na minha rádio!" "Donas de casa desesperadas? É neste canal!" E por aí vai.

- A pequena pode ser pessoal, mas a grande é imparcial. - esclarece meu leitor publicitário defendendo seu cliente.

Imparcial? Negócios nem sempre podem se dar ao luxo de serem imparciais na hora de decidir para qual brasa puxar a banana, digo, a sardinha. A pauta mantida ou caída, por exemplo, já é uma tomada de posição. Quando o negócio é vender, vale até a não-notícia:

"ESTARIA A VENEZUELA PLANEJANDO INVADIR A AMAZÔNIA?"

Nunca viu manchete assim, perguntando? Diz o que ninguém disse para criar fuzuê e aumentar a tiragem. Ah, tem a tiragem. Sabe pra que servem aquelas campanhas do tipo "receba grátis por três meses"? Lembre-se, é de almas que o negócio vive, pagantes ou não. Quanto maior a penca, mais brilham os olhos do freguês.

Há outros truques. Exemplo? Opiniões que ajudam a atrair concessões pós-eleições. Mais? Apostas em clientes grávidos de futuros patrocínios. É aí que entra a arte de transformar empresas em notícias:

"MARIO PERSONA PLANEJA FATURAR 1 MILHÃO PLANTANDO BANANEIRAS"

Vai dizer que nunca viu uma notícia assim? Não é notícia, mas sai como se fosse, desde que a empresa que 'planeja' tenha cacife para realizar o que foi conversado atrás das bananeiras: comprar tempo e espaço de veiculação.

Nem sempre funciona. Na época da bolha pontocom vi muita promessa que embrulhava leitores acabar embrulhando carne em açougue. Isso quando o feitiço não virava contra o feiticeiro, como aconteceu com um empresário que conheci.

Na ânsia de fazer sua empresa crescer e aparecer, contratou uma assessoria de imprensa e conseguiu. Não crescer, só aparecer. Sua empresa não saiu do chão, mas o 'case' fabricado foi parar numa revista de projeção, com uma astronômica previsão de faturamento. A empresa faliu, mas a revista continuou nos salões dos cabeleireiros, até sua ex-esposa ler o tanto de vitamina que tinha em sua previsão. Não deu outra: pediu a revisão da pensão.

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Buzz: a Era do Marketing Viral
MARIAN SALZMAN, IRA MATATHIA, ANN OREILLY


Eis o modo mais barato e eficiente de colocar o nome da sua marca na boca de todos e transformar consumidores potenciais em compradores reais. O buzz, porém, não surge espontaneamente: você tem de fazê-lo acontecer. Como disseminar o buzz? Como fomentá-lo? Em Buzz, três dos mais bem-sucedidos especialistas mundiais do ramo revelam as fórmulas altamente eficazes que empregaram para provocar alarido em torno de grandes marcas como American Online, Esprit e Nintendo. Marian Salzman, Ira Matathia e Ann O´Reilly não discorrem apenas sobre teoria: mostram como o buzz marketing funciona. Conduzem o leitor, passo a passo, ao longo do processo de identificação dos Alfas e dos Abelhas, pessoas influentes que garantem a transmissão de mensagens ao público-alvo.
Os autores apresentam também técnicas que comprovadamente criam a ilusão da espontaneidade, valendo-se das redes sociais existentes para levar a sua mensagem aonde você quer que ela chegue e induzindo os consumidores a trabalhar para você. Examinando estudos de caso colhidos em campanhas de marketing bem-sucedidas para Kate Spade, Bulgari, Ford, Nokia e Apple, este guia prático conta a história oculta de como o boca-a-boca realmente funciona. Você também descobrirá quão eficazes são os anúncios de impacto, o modo como aproveitar o ímpeto de uma marca e quais os produtos ou serviços que mais se beneficiam de uma campanha de buzz. Você descobrirá diferentes tipos de buzz (inclusive o marketing viral pela internet) e aprenderá a escolher o que funcionará melhor para determinada marca ou campanha. Além disso, ao longo do livro, tomará conhecimento de técnicas inovadoras de construção de buzz para ir além do simples comentário e gerar lealdade duradoura à marca.




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E a gorjeta, doutor?

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