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Na última edição de Crônicas de Negócios, usei uma expressão que pode ter desgostado alguns. Sei de pelo menos um leitor que ficou chateado. Não era a intenção. Quem escreve deve ter sempre o cuidado de não ofender ou ridicularizar. Principalmente quem escreve com intenção de marketing, como é o meu caso. Se quiser vender, não devo ofender.

A expressão, no caso, foi "chamar o hugo", a qual parece ter sido assimilada pelo vocabulário popular, tantas são as ocorrências na Internet. Mas não é só esta expressão que usa nomes próprios para dar nome a coisas, lugares ou ações.

Tem também "chamar o raul", "zé ninguém", "será o benedito!", "vou ao miguel", "maria-vai-com-as-outras", "e aí josé?", "deu uma de mané" etc. Sem contar o "joaquim" e "manoel", presenças constantes nas anedotas brasileiras. Mas nem por isso, eu que tenho "José" no nome me considero um "zé ninguém".

O ponto para o qual desejo chamar a atenção é a postura do novo profissional. Quem lê minhas crônicas sabe que não me levo muito a sério. Brinco com meu nome, com minha pessoa, com minhas circunstâncias. E nem guardo rancores se alguém zomba e ri de mim. É bom que o infeliz fique feliz.

Herb Kelleher, da Southwest Airlines, disse o seguinte, quando traçou o perfil do profissional que sua empresa procura: "Buscamos atitudes; pessoas que tenham senso de humor e que não levem a si mesmas muito a sério. Treinaremos você naquilo que for preciso, mas algo que a Southwest não pode mudar nas pessoas é sua postura natural".

Portanto, quer seu nome seja Hugo, José, Maria, Manoel, Joaquim ou Mario, relaxe. Se você levar a si mesmo muito a sério, ninguém mais levará. O nome nem sempre revela tudo. Lassie, por exemplo, a cadela mais inteligente dos seriados de minha juventude, era um cão macho! Só me contaram isso -- o mesmo caso da macaca Chita do Tarzã -- agora que tenho 47 anos de idade. A história do Papai Noel e da Cegonha, eu descobri antes.

Enfim, o importante é sua postura, não o que as expressões fazem com um nome que não é necessariamente o seu. O importante é quem você é, o que sabe e aquilo que faz. Ou escreve, como no meu caso, que o público considera 50% bom. Sei pela cópia de um e-mail que um leitor enviou ao pai:

"Oi pai, tudo bem? Conhece este Mario Persona? Todas as semanas recebo artigos dele. Alguns bons e alguns muito idiotas".
Agora leia "Marketing de Simbiose"

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