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Quando é que a criatividade excede a função? Acho que é quando deseja aparecer na mídia e ter seus quinze minutos de fama. Assim é com empresas que vivem criando novas estratégias, soluções, divagações que nem sempre saem do papel. Papel jornal. Não que isto não tenha algum valor. É claro que tem. Pode servir como teste de mercado, desde que não deixe indagações sobre a ingenuidade e inteligência do cliente.

Terá sido isto que aconteceu com o Mail-Well Safety Envelope? Trata-se de um envelope para correspondência lançado por um grande fabricante norte-americano logo que aconteceram os atentados com antraz. A idéia parecia genial e original numa primeira análise. Julgue você.

Sabe aquela janelinha transparente que alguns envelopes têm para poder enxergar o endereço da correspondência que está dentro? Pois é, o princípio é o mesmo. Só que, além da janelinha, a empresa criou também uma borda inferior transparente. Assim, quando uma pessoa recebesse alguma carta de um terrorista, podia simplesmente verificar se havia um pozinho branco depositado no fundo do envelope.

As primeiras notícias na época falavam em encomendas de milhões. Tenho minhas dúvidas. Não acredito que existam tantos terroristas assim nos Estados Unidos. Ou que decidam usar os novos envelopes. Aproveite para ler "Criando de cabo a rabo".
Se você liga para mim, anote meu novo telefone: (19) 3443-1900. O celular continua (19) 9718-2973 mas deve mudar em breve. Eu continuo o mesmo.

Dizem que é fácil distinguir uma planta de uma erva daninha. A primeira você rega e ela morre. A segunda você arranca e ela volta. O segredo da manipulação genética estaria em transformar plantas em ervas daninhas e vice-versa. Unir a utilidade de uma com a vitalidade da outra.

É impossível ter só plantas na plantação. E nem é bom. No passado minha cidade era cercada por laranjais. Nunca descobri se a cidade se chama Limeira porque tinha muitos laranjais ou se tinha muitos laranjais por se chamar Limeira. A lenda conta que um frei morreu por aqui enquanto acompanhava os bandeirantes. Como levava um saco de limas para combater a febre, e morreu da dita cuja, foi enterrado com as limas no saco. Ali nasceu a limeira.

Não sou tão velho, portanto não vi essa limeira. E de bandeirantes só conheço a rodovia. Mas os pomares que vi na infância eram limpos como um terreiro de café. Até alguém descobrir que um pouco de mato até fazia bem e os pomares ficaram mais verdes. Outros descobriram culturas associadas, uma ajudando a outra. E os pomares viraram plantações.

Essa engenharia agronômica acontece nas empresas. Há pragas que não têm solução, mas há casos de culturas que se complementam e se ajudam. Saber formar essa mescla -- transplantar de cá para lá -- é o dedo verde que todo profissional de RH deve ter. Como na gestão do conhecimento, ciência que não pode ser decapitada da gestão de cabeças. Como você lê na crônica de hoje, “Gestação do Conhecimento”. Boa leitura e bons negócios.

Voltei às raízes ao falar de marketing pessoal para um auditório com algumas centenas de arquitetos e designers de interiores em Recife. Digo isto porque sou arquiteto, embora não esteja arquiteto. Na palestra, "O poder do marketing pessoal e de relacionamento" que aborda um tema importante para qualquer profissional liberal, enfatizei a necessidade de mudança de postura para o profissional enfrentar um mercado extremamente competitivo. Mudança, não para algo inédito, mas para a postura que muitos profissionais já adotaram há anos. Como é o caso da arquiteta Janete Costa.

O evento, promovido pela UNNA - Unidade de Especialistas em Interiores, e realizado pela Realizatto, foi aberto com uma homenagem a esta arquiteta que deixou uma marca indelével na arquitetura brasileira. Responsável por centenas de projetos e reconhecida principalmente pela valorização e integração do artesanato brasileiro à arquitetura, Janete assinou também projetos de restauração de sítios históricos como o Teatro Arthur Azevedo e Palácio dos Leões, ambos no Maranhão, e Solar do Jambeiro, em Niterói.

Mas que postura é esta? A resposta eu tive após a palestra, quando o designer de interiores Guilherme Eustáchio levou-me para a festa de aniversário de Janete. Fiquei impressionado. Grandes nomes da arquitetura e design estavam lá. Tinham preparado aquela tremenda comemoração para a arquiteta. Percebeu? Janete Costa, que comemorava setenta anos, ensinou boa parte daquela gente. Plantou sementes de conhecimento em dezenas de mentes que hoje reconhecem levar em seu traço o DNA da mestra. Não reteve para si, e hoje colhe os frutos de sua postura de compartilhar conhecimento.

Uma postura cinco estrelas, como deve ser também uma “Embalagem cinco estrelas”. Boa leitura e bons negócios.

Tenho pensado muito em comunicação ultimamente. Essa atividade que torna comum a todos o que nasceu com um. Quanto de investimento em comunicação fazemos em nossas empresas? Ou em nossa vida pessoal? Na carreira profissional? Há quem pense que investir em comunicação é comprar celular. Ou espaço na televisão.

A revista Time traz como matéria de capa “Enquanto a América Dormia”, uma alusão aos preparativos para o ataque ao World Trade Center. Algo que acontecia enquanto ninguém percebia. Ou não foi bem assim.

A matéria revela uma série de falhas na comunicação entre as agências do governo norte-americano ou na interpretação da informação. Sim, fica mais fácil detectar isso agora, mas será que minha professora de história tinha razão? Dizia que estudávamos o passado para entender o presente e saber planejar o futuro. Ou algo assim. Também não prestei muita atenção.

Falta atenção para com a comunicação nas empresas. Comunicação com funcionários, sindicatos, clientes, sociedades civis, órgãos públicos, fornecedores, parceiros, representantes, distribuidores, acionistas, instituições financeiras, imprensa... a lista é imensa. Algumas empresas começam a se preocupar com isso só quando a casa cai. Apagando incêndios de crises que possam comprometer sua imagem.

A crônica de hoje tem um pouco disso - comunicação - e um pouco de outras coisas, como visão e liderança. Mas acho que vou voltar ao assunto nas próximas. É importante demais para ser demais. Palavra que também está no título da crônica de hoje. Fique continue lendo, porque “Nenhuma ponte é longe demais”.

Mais de duzentos olhos me fixavam, atentos, no auditório da G.D do Brasil, uma grande indústria de máquinas. Minha palestra, “A Satisfação do Cliente como Ferramenta de Lucratividade”, faria a abertura da 1a. Semana da Qualidade. A responsável pelo RH da empresa revelava uma natural apreensão. A “Semana da Qualidade” estava sendo aguardada com ansiedade. Nada poderia dar errado. Nem eu.

Do palco improvisado em uma área da fábrica, eu podia perceber as expressões de cada colaborador da empresa. Estavam ávidos por conhecimento, idéias, rumos. Uma disposição muito diferente daquela encontrada em algumas empresas de alguns anos atrás, quando eventos eram encarados como entretenimento. Hoje todos começam a se sentir donos do negócio. Sabem que nenhuma empresa funciona sem pessoas e que estão ali para fazer a empresa funcionar. E lucrar.

A tônica da palestra era a rapidez das mudanças e a inadequação dos profissionais de hoje aos velhos paradigmas, quando ninguém pensava em trabalhar com sinergia, criando empatia dentro e fora da empresa. Mas não usei as palavras “paradigma”, “sinergia” ou “empatia”, o famoso trio que alguns acreditam acrescentar prestígio a uma palestra de sucesso. Mas falei de romper com o passado, ligar com o presente e se encantar com o futuro. O trio que não pode faltar em uma empresa de sucesso que acrescenta prestígio a quem nela trabalha.

Para isso acontecer, trabalha-se cada vez mais dentro do conceito de time: pessoas com diferentes habilidades e competências chutando uma mesma bola para um mesmo lado. Um relacionamento com unanimidade de visão, essa coisa que atrai o esforço de todos na mesma direção. Fazendo com que todos "vistam a camisa". Ao contrário do Francisco, que não vestiu camisa alguma. Veja em “Aquecendo as vendas”.
Decidi aguardar a passagem do feriado e o início da copa para colocar minha bola em jogo. Com tanta bola correndo de madrugada, ninguém iria dar bola para minha crônica. Estava pronta, mas sai agora. Isso me deu tempo para fazer os ajustes necessários em meus dois sites para a mudança do provedor de domínio. Agora meu site profissional www.mariopersona.com.br e o site pessoal www.stories.org.br estão hospedados na Locaweb , junto com mais uns 16 mil e tantos sites.

Nesta segunda devo estar em Recife para a palestra de abertura da Primeira Semana Pernambucana de Arquitetura e Design de Interiores, que começa dia 3 e vai até 7 de junho. Vou falar de Marketing Pessoal e de Relacionamento. Waldemar Niclevicz fala no dia 4 de como conquistar seu Everest, um assunto que ele conhece bem, já que foi o primeiro brasileiro a escalar o K-2. Dia 5, Dulce Magalhães traz Gestão da Competência e no dia 6 Leila Navarro fala do Talento para ser Feliz.

Ethel Bauzer Medeiros encerra o evento no dia 7, com Qualidade de Vida. Com a experiência de uma profissional que está com 77 anos, tem 17 livros publicados e é considerada a versão feminina de Peter Drucker. Informações em na Realizatto.

É interessante o número de e-mails que recebo de leitores que dizem gostar mais do prefácio do que da crônica. Um e-mail dizia, “Mais ainda do que de suas colunas eu gosto das introduções que sempre são muito humanas, apesar de dirigidas principalmente às pessoas de negócios, são muito criativas, com conteúdo já quase filosófico e mostram um pouco do que você é. Uma pessoa que não passa só pela superfície da vida e sim, que vai fundo na natureza do ser humano.”

Na vida ou nos negócios, o comportamento humano é sempre... humano! Com todos os nossos erros e acertos, falar de marketing é falar de como impressionar humanos com produtos feitos por humanos. Algo que nem sempre conseguimos com perfeição, mas a gente vai levando. Como diriam o Chico e o Caetano,

“Mesmo com toda cédula, com toda célula,
Com toda súmula, com toda sílaba,
A gente vai levando, a gente vai tocando,
a gente vai tomando,
A gente vai dourando essa pílula!”


Pílula essa nem sempre doce, porque às vezes é preciso mudar. Não porque queremos, mas porque o mercado exige. E chega a hora em que somos levados pelas contingências a nos divorciar da velha ordem de coisas para tentar sobreviver em um meio que ainda nos é escuro e hostil. Acostumados à vida mansa do passado, quando a maior decepção era ganhar brinquedo do Papai Noel e ler na caixa “Pilhas não inclusas”, descobrimos que há coisa pior. Como ganhar uma embalagem de pilhas com os dizeres “Brinquedo não incluso” (acho que li isso em algum lugar).

Mas nem de pilha eu falo em minha crônica. O momento está mais para sair de vela na mão e torcer para não ventar antes de mudar. O assunto é “Pra quê mudar, mudar pra quê?” Boa leitura e bons negócios.

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