Li em algum lugar que nas praias do mundo o número de vítimas fatais de cocos que caem de coqueiros é dez vezes maior do que o de pessoas atacadas por tubarões. No entanto aposto como você nunca viu um filme intitulado "O coco assassino!". Por que? Porque o tubarão cria emoção, o coco não.
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Slow is beautiful
Quando escolhi o título estava pensando em outro parecido, o do livro "Small is Beautiful". Em 1995 o suplemento literário do The London Times colocou "Small is Beautiful" na lista dos 100 livros mais influentes do pós-guerra.
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Steve Jobs
Quando a marola bate no queixo
Quando aquele homem entrou em meu escritório de arquitetura, levantei da cadeira num salto. A princípio pensei que era um empresário que vinha encomendar o projeto que tiraria meu pé da lama.
Constipacao economica
Desembarquei em Nova Iorque sentindo-me grande. Não do tipo "I'm king of the hill, top of the heap", cantado por Sinatra em "New York, New York". Grande em volume. Sabe o tal de "if I can make it there, I'll make it anywhere" da letra da música? Conversa mole. Por enquanto, nem em Nova Iorque, nem "anywhere". Estou constipado pra valer.
Ela Robo
Lá em casa tem um robô. Mas não é um robô chato, como o de Perdidos no Espaço, ou ameaçador como o "Eu, Robô" de Isaac Asimov que no filme ficou amigo do Will Smith. Nem é divertido, como a dupla C3PO e R2D2 de Guerra nas Estrelas. Meu robô é comum. É um robô fêmea.
Se oriente rapaz
Bem que o Gil previu. Em 1972 ele já cantava o "Oriente". Tudo bem que então ele só pensou no Japão e nem imaginou que o negócio da China seria a própria. Afinal, ela só acordou depois do sol nascer na terra do sol nascente. Agora somos nós que acordamos.
Youtube, widescreen e pensamento bi-hemisferico
Tá todo mundo atrás de uma solução milagrosa para a crise. Quer uma idéia? Veja o Youtube. Reparou que ele esticou? Virou widescreen.
Um negro na Casa Branca
Achei estranho, muito estranho. Aquilo não era para estar acontecendo. Na minha opinião os Estados Unidos cometiam um grande erro ao enterrar seus cidadãos daquele jeito.
Propaganda quase enganosa
Quando vi na Internet o site do hotel que a empresa que me contratou reservou para mim, fiquei animado. Com a previsão de ficar cinco dias no lugar, já podia me enxergar ali, largado à beira da piscina, a dois passos da praia, e comendo metade das espécies de peixes e crustáceos do Atlântico ao som do pipocar do gás da cerveja. Não foi bem assim.
Ao mestre, um carrinho.
O menino tinha os olhos fixos nas mãos do avô. Seu pescoço esticado tentava compensar os menos de quatro anos de estatura. Aquela oficina improvisada no quintal era seu reino encantado e o passatempo do aposentado.
Não cheira nem fede? Melhor assim.
Há negócios que não cheiram nem fedem. O estacionamento onde parei meu carro era assim. O velho barracão atrás de um velho casarão podia passar despercebido, não fosse pela velha placa. Se cheirava mal? A placa não.
Encontro voce no Starbucks da esquina
A mulher na fila do Consulado Brasileiro reclamou, quando minha filha, com o bebê no colo, foi direto ao guichê tratar do passaporte da criança. Enquanto eu cuidava de meu outro neto, apontei para a mulher o texto da Lei 10.741 de 2003 assinada pelo Lula e afixado no quadro de avisos.
Conectividade
No balcão da lanchonete do aeroporto, dois cartazes enormes anunciavam: “Café No. 1: café, leite, pão etc.” e “Café No. 2: chá, suco, frutas etc.” Acomodei-me numa mesinha e a garçonete se aproximou.
Terror por assinatura
Senti-me um covarde. As cicatrizes deixadas pelas experiências passadas faziam minhas mãos tremerem só de pensar em sofrer aquilo de novo. Adiei o mais que pude, mas decidi ir em frente. Não, não estou falando do exame da próstata. Falo do cancelamento da TV por assinatura.
Nunca perca a esperanca
O ano já começou aí? Aqui já. O outro acabou. Agora não é hora de lamentar as perdas e danos, mas melhorar as metas e planos. Porque tem um ano novinho em folha bem aqui, cheinho de oportunidades para você pegar ou largar.
Ai que fome!
Deixe-me adivinhar: em sua lista de promessas para o novo ano está perder peso, certo? Na minha também. Agora, cada vez que me sento para uma refeição, quase posso ouvir meu prato dizer, como num filme policial: "Tudo o que você comer poderá ser usado contra você".
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